Contato com a natureza, necessidade para manter o equilíbrio
Uma pesquisa da Universidade de Chiba, no Japão, revelou que passear em áreas verdes pode diminuir o cortisol em até 16%. E esse contato nem sempre precisa ser físico. No Hospital Albert Einstein, em São Paulo, imagens de natureza são mostradas a pacientes em sessões de quimioterapia para trazer mais tranquilidade e inibir aspectos de preocupação e ansiedade.
O filósofo e psicanalista Fabiano de Abreu é especialista em estudos da mente humana e tem como principal base das responsabilidades pelas nossas atitudes o passado:
Carregamos em nós o nosso código genético ao nascer. O esfenoide é o ponto de partida da formação de todos os ossos; esponjoso como o nosso cérebro, ele encerraria a nossa impressão genética, a memória primitiva. O elo de ligação entre os instintos e o inconsciente que se encontra na mente em nosso cérebro.
Abreu defende que nosso comportamento é o resultado da nossa necessidade ancestral:
Se nos falta algo que não sabemos responder, se nos comportamos de uma maneira sem entender o motivo, lembre-se que não há perguntas sem respostas. Tudo tem um motivo, uma razão e através delas as circunstâncias. Todo o nosso presente é resultado de um passado.
Contato com a natureza
Como respostas para o equilíbrio emocional, Abreu diz que a natureza e outros fatores ancestrais podem ser determinantes:
Tenta em um engarrafamento buscar a natureza e refletir sobre ela. Busque o cheiro das flores ou das plantas e sinta como é relaxante. Não é somente o fato de convivermos com a natureza milhares de anos, somos a natureza. Nosso corpo é formado pelo carbono(23%), enxofre(0,2%), cálcio(1,4%), fósforo(0,83%), nitrogênio(2,6%), água(55%), potássio(0,2%), cloro e sódio(0,27%) e metais(0,009%) ou seja, nós fazemos parte dela. Se unirmos a nossa composição corporal que é formada por elementos da natureza e nosso instinto que está vinculado a milhares de anos de convivência, o resultado é como o de uma mãe. Não é à toa que chamamos de mãe natureza pois, é nela que encontramos o conforto de quem nos gerou.
Texto do filósofo Fabiano de Abreu da Ilha da Madeira.
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